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Métricas de coviabilidade para informar decisões

A coviabilidade socioecológica é um conceito-paradigma de sustentabilidade o que utilizamos sob uma óptica de sistemas adapativos complexos conforme delimitado por Biggs et al. (2012) para subsidiar a compreensão, manejo e transformação adaptativa de territórios. Nossa abordagem propõe a integração de grandes conjuntos de dados existentes em diferentes domínios disciplinares para informar diagnósticos, modelos e cenários de sustentabilidade em diferentes escalas espaço-temporais.

A abordagem metodológica para a construção de indicadores de coviabilidade, portanto, é um passo-chave para conectarmos a perspectiva filosófica e paradigmática que adotamos com o processo de integração de  big data que constitui a matéria prima das sínteses transdisciplinares que subsidiam nossas análises, modelos e aplicações. Apresentamos aqui um resumo da nossa abordagem para co-construção de indicadores de coviabilidade com as comunidades locais, combinando participação e ciência de dados como núcleo metodológico central do projeto-piloto  Futuros Coviáveis, que é o braço de governança do DATAPB.

Indicadores de coviabilidade

Indicadores de coviabilidade são. métricas mensuráveis em campo, ou derivadas de dados empíricos, que descrevem propriedades fundamentais de um sistema socioecológico em suas dimensões ambiental, sociocultural, econômica, bem como sua estrutura de interações e feedbacks internos. Nossa abordagem para co-construção de indicadores de coviabilidade articula as premissas centrais do conceito-paradigma de coviabilidade socioecológica, métodos de pesquisa participativa e abordagens quantitativas baseadas em ciência de dados e inteligência artificial. 

Princípios do DATAPB e LMI IDEAL para a co-construção de indicadores de coviabilidade

Sendo parte da ITAN, a Rede de Transformação Adaptativa do Laboratório Misto Internacional IDEAL, o DATAPB compartilha a abordagem metodológica geral desse consórcio de pesquisa franco-brasileiro para construir indicadores de coviabilidade a partir dos seguintes princípios:

  • os indicadores são co-construídos juntamente com lideranças comunitárias, gestores públicos e outros grupos envolvidos em contextos de pesquisa, desenvolvimento e inovação;
  • os indicadores devem descrever sinteticamente o estado do socioecossistema em suas múltiplas dimensões, particularmente no que se refere à coexistência persistente, funcional e justa entre humanos e não humanos;
  • os indicadores devem capturar propriedades fundamentais de socioecossistemas complexos, particularmente no que se refere à diversidade, funcionalidade, conectividade, transformação de variáveis lentas, policentralidade, aprendizagem coletiva e participação social.

os indicadores podem ser obtidos por métodos estatísticos convencionais ou por abordagens de inteligência artificial, sempre garantindo que o processo de síntese de dados e sua interpretação seja acessível à compreensão de todos os atores envolvidos no processo de pesquisa participativa.

+pesquisa participativa
incorporando a perpecepção de agentes
locais na valoração ambiental

A participação social na pesquisa socioecológica pode ser promovida de diferentes formas e contextos. Em processos de valoração ambiental, a incorporação da percepção dos agentes locais é um passo importante para maior efetividade dos métodos de valoração econômica dos ativos ambientais.
Clique sobre o ícone vermelho para iniciar o vídeo em um janela destacada.

Marcia Fonseca (UFPB)

Valoração ambiental da
Bacia do Rio Gramame,
Paraíba

Gravação de palestra apresentada no Ciclo de  Palestras do Grupos de Pesquisa IRIS em 2021.

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