dados de coleções biológicas serão incluídos no dataverse do datapb 

A Biodiversidade da Paraíba vai ser FAIR

O projeto “Biodiversidade da Paraíba: Status, Ameaças e Oportunidades” foi aprovado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba/FAPESQ-PB, em seu edital direcionado ao Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (PRONEX). Um grupo formado por mais de 50 pesquisadores de 13 instituições brasileiras e estrangeiras, coordenado pelo prof. Alexandre Vasconcellos, do Departamento de Sistemática e Ecologia da UFPB, agora compõe o Núcleo de Excelência em Biodiversidade da Paraíba, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Biológicas-UFPB. As atividades do Núcleo funcionarão em sintonia com o  Laboratório Misto Internacional IDEAL – artificial Intelligence, Data analytics and Earth observation Applied to SustAinability Lab coordenado pelo Prof. Rafael L. G. Raimundo, do Campus IV da UFPB e Laure Berti-Equille, do  Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD).

O Núcleo de Excelência em Biodiversidade da Paraíba buscará construir um grande banco de dados sobre a ocorrência e distribuição das espécies pelos mais de 56.000 km 2 da Paraíba, abrangendo os mais variados ecossistemas do estado, tanto aquáticos como terrestres, incluindo zonas marinhas, ambientes continentais de água doce, mata atlântica, manguezais, tabuleiros, restingas, brejos de altitude e caatinga. Todos os pesquisadores envolvidos no projeto são experts em biodiversidade e apresentarão à sociedade informações sobre os seus grupos biológicos de estudo, como plantas, fungos, invertebrados terrestres (abelhas, borboletas, cupins, formigas, moscas, mosquitos, libélulas, besouros, colêmbolos, membracídeos, moluscos, opiliões, miriápodes, aranhas e escorpiões), invertebrados aquáticos (esponjas, cnidários, nematoides, anelídeos, picnogônidos, crustáceos, moluscos e equinodermos) e vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos). As informações biológicas primárias serão oriundas dos herbários e coleções zoológicas da UFPB, UEPB e UFCG.

O banco de dados construído será organizado conforme um plano de gestão de dados próprio e depositados em um repositório Dataverse fundamentados sob princípios FAIR, tornando-os, portanto, encontráveis , acessíveis, interoperáveis e reutilizáveis. A estruturação do repositório FAIR e o desenvolvimento do plano de gestão de dados já está em curso via projeto DATAPB, também financiado pela FAPESQ.

Ao final do projeto, os pesquisadores esperam que cada município, região (micro e meso) e zonas climáticas da Paraíba possuam informações sobre a sua biodiversidade, incluindo:

  • número de espécies;
  • espécies de interesse para a Saúde Pública e fitossanidade;
  •  espécies pragas, exóticas e invasoras; 
  • espécies com potencial cinegético e pesqueiro;
  • espécies com potencial econômico;
  • área prioritárias para a conservação;
  • e áreas com lacunas amostrais.

O diagnóstico da sua biodiversidade será um marco para a Paraíba e poderá ser utilizado em processos de gestão e tomadas de decisão pelos agentes públicos, sob a ótica do desenvolvimento sustentável. Os dados sobre a biodiversidade do estado poderão ser amplamente entrelaçados com os parâmetros sociais, econômicos e tecnológicos na busca de uma equalização entre segurança social, prosperidade econômica e a manutenção da “saúde” dos ecossistemas para as próximas gerações.


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